domingo, 12 de fevereiro de 2012

como eu

dia que vem
dia que vai
me mostra alguém
a mim a trás

como eu
mostra quem sou
trapos de pano
que se rasgou

pisos em passos
faz rastejar
feridas machucadas
não podem sarar

mente clareia
o que eu não vi
mundo de loucos
no qual eu nasci

peço perdão
pelo que fiz
pois não fiz nada
mas sou infeliz

como eu
não posso negar
pois muito sofri
a aqui voltar

trago de novo
meus velhos lenções
em meio a loucos
escuto tua voz

tempos passados
que agora voltou
me volto a te
pois nada eu sou

preso voltei
a um mundo ficar
coisas ruins
volto a lembrar

vidraças, refletem
um céu azul
por baixo dos vidros
estou aqui nu

de nada adianta
tentar me esconder
nas ruas estive
para de fome morrer

gozei pela vida
a passar
passei pela vida
sem nada mostrar

de tudo vivi
pelo um tudo passei
creio que desse mundo
no outro descansarei

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